segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O tempo




Ontem...
Começa a morrer o hoje
Que a escuridão num processo lento
Porém  veloz, leva para ontem
E tudo que é, começa se apagar
E daqui a pouco era...
Vamos passando como o tempo que voa...,
Quase não nos damos conta
Do que é..., já era!

Quase não nos damos contas do passageiro
Do amor primeiro...
O derradeiro daqui a pouco se foi
O beijo dado...,
A lágrima rolada do amor perdido
A esperança do sonhar
Sem jamais conseguido...
E vai se apagando para dar vez
Ceder lugar ao que estava próximo e...,
Já quase passa....

Quase não nos damos conta
Daquele que está e...,
Um pouco mais se foi
Se perdeu no passado

Quase não nos damos conta
Do amigo querido
Que estava ao lado
E já não existe, já era..., passado

Quase não nos damos conta
Solidão, saudade louca
Boca amarga, que seca a garganta
E chora meus olhos, molhando minha face

Na lembrança, imagens de agora pouco
Que ficou distante..., lá atrás 
A pouco passada, distanciada que não volta mais
Na doce memória, momentos vividos,
Perdidos no tempo, doídos no peito
De grito contido, choro espremido
A noite que chega...,
O dia se foi..., passou, acumulou
A tudo somou, morreu com o tempo
E quase não nos damos conta
Que ficou pra traz...

Cortinas pesadas...

Fecham sobre mim
 cortinas pesadas...
Da peça tão longa..., e atos diversos
De poucas escritas... e, nem decoradas
Ninguém dirigiu...
Minha vida,
caminhadas...

Com cenas incertas, passadas sem rumo
Se fecha a cortina
de vidas incertas
E tão incansáveis..., que atuam aqui

A peça termina ou segue adiante
Apenas lhe falta
Algum figurante...
Que sob a cortina pesada, empedrada
Umedecida, molhada..., 

Se fez minha morada!!!